O Grupo...

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       Rodeado de sonhos nasceu o grupo de teatro Impacto Agasias, da necessidade de se fazer arte e de falar sobre seus anseios de adolescente, de serem ouvidos. Foi neste momento que surgiu o primeiro trabalho do grupo “No Ritmo da Realidade” que retratava um dos momentos mais difíceis para um homossexual, assumir-se perante a si mesmo e à sua família. O ano era de 2011, muitos medos nos rodeavam, mas tínhamos em nós a vontade de se produzir e reverberar amor.

     Em 2012 criamos a dramaturgia do texto “Santo Cristo”, livremente inspirado na canção Faroeste Caboclo do poeta da música Renato Russo, depois de muitos ensaios, muitas criações e com ajuda de parceiros conseguimos estrear o nosso novo trabalho, este que durante quatro anos nos rendeu muita conquista.

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   O grupo precisava de um local fixo de ensaio, em 2013 conhecemos o Polo Cultural dentro da Cidade Heliópolis, que nos cedeu espaço para as nossas criações, estávamos amparados, tínhamos um local para experimentar, exercitar e explorar diversas maneiras de colocar a nossa arte em prática.

   Decidimos expandir nosso público, atingir um outro espectador, aqueles pequenos que corriam e brincavam aos fins de semana naquela cidade do sol. Sentimos a necessidade de valorizar a cultura nacional. Criamos em 2015 um trabalho e uma pesquisa voltada ao público infantil. “A Lenda Sumiu!” que resgata os valores do nosso folclore.

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  Em 2017 iniciamos a pesquisa permeando a migração dos moradores de Heliópolis, rasteiro, damos vida ao espetáculo Dandara, livremente inspirado na obra “A Megera Domada” de William Shakespeare. Com uma pitada do sertão brasileiro, a cultura popular e o empoderamento feminino.

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  Já estamos em 2018 e nossa sede por experimentos, de estudos e de crescimento nos toma conta e, depois de uma vivência ao prestigiar os colegas do Teatro Documentário nos inspirou. Tivemos durante todo esse tempo o amparado do Polo Cultural de Heliópolis que com o tempo tornou-se o que conhecemos hoje como CEU Heliópolis Professora Arlete Persoli. Rodeado de histórias e memórias de Heliópolis nasceu o documentário cênico Cidade do Sol – uma homenagem à menina luz, contemplado pela terceira edição do programa de Fomento à Cultura da Periferia da cidade de São Paulo, 2018-2019.

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  Este último trabalho nos fez ter um novo olhar para Heliópolis e nos perceber de fato como artistas pesquisadores e um grupo periférico, não que algum dia rejeitamos ou escondemos nossas raízes, mas que até então não tinha ideia do quanto era/foi/é importante nossa atuação dentro da nossa comunidade. Heliópolis pulsa em cada parte desse corpo artístico, dessa história que começou em 2011 nos domingos de manhã  no CEU Meninos, depois no Polo Cultural, CEU Heliópolis e hoje por Heliópolis inteira.